Aqueles amores que são como murros no estômago e pontapés no espírito.
Aqueles amores que são tanto, tanto, tanto, que sabem sempre a muito pouco.
São amores que fazem chorar em cada sorriso, que fazem rir em cada lágrima, que nos fazem felizes no simples silêncio a dois quando mais nada é dito.
São aqueles amores que dizem tudo, que têm voz e vontades próprias.
Aqueles amores que dão insónias até às quatro da manhã, que dão sonhos lindos e obrigam a pesadelos.
Aqueles amores com banda sonora permanente, que nos fazem cantar baixinho ou dançar para toda a gente.
São amores que sufocam, que se alimentam do oxigénio de almas gémeas e respiram os amantes sem ar.
São aqueles amores que preferem a dor da proximidade impossível à coragem da distância.
Aqueles amores a cem por cento, totais, completos, infinitos, incalculáveis, eternos.
Aqueles amores que nos fazem tremer só com um vislumbre, um som ou um minúsculo toque.
São amores enormes, imensos, gigantes, um num milhão, que qualquer um de nós terá sorte, se um dia se cruzar com tal amor na vida.
Ela tem sorte. Ela sente esse amor dorido, que lhe dá congestões no coração, que a faz ter espasmos violentos de prazer e lhe treme o corpo que se entrega, sempre, pleno.
Porque há amores que doem, mas a dor de não saber o que é amar assim é infinitamente maior.
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