Thursday, November 22, 2007

Presa...

Disparam!
Todos os meus sentidos disparam em sinal de alarme da tua presença!
O meu coração acelera desgovernado à velocidade do teu pulsar...
Ouço o teu pulsar de macho nas minhas entranhas... descompassado, apressado.
Sinto o teu cheiro acre, respiro fundo... embriago-me neste odor, forço-me numa hiperventilação que me deixa tonta de ti...
Vejo linhas rudes, traços másculos, toques brutos, gestos bruscos... vejo-te... olho-te! Nos olhos, como deve ser! Presa que desafia o seu predador, com quem mede forças, num avaliar do inimigo.
Toco-me... minúsculas gotas de suor nascem na minha pele, nesta nascente de desejo húmido... quente. Percorro o meu corpo com mãos que tremem, num segurar de mim mesma... para não fugir, para não me precipitar para ti.
A minha língua, atrevida, trava uma dança com os lábios, seus companheiros de sensuais oralidades: lambe-os, chupa-os... saboreia essa carne inflamada que anseia pelos teus beijos.
Hoje abriste a época da caça de mim... finjo que te fujo, disfarço que te finto... corro sem destino, para onde sei que me irás encontrar.
E lá... esgotada desta fuga para ti... deixo-me tomar pelo teu corpo, ser possuída num instinto animal, numa luta de macho e fêmea que se devoram... que se entregam na ancestral dança de corpos que transpiram desejo... sexo!
Usas-me enquanto o teu corpo o pedir, em estocadas que te levam ao climax, até que a última gota do teu prazer corra em mim... e por fim, prostrada no teu colo, esgotada com as tuas investidas, levas-me em braços... fazes uma vez mais, de mim, o teu troféu!

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