Hoje volto à primeira pessoa em discurso directo. Há muito tempo que não o faço. Preciso que me sintas e não a um personagem de ficção. Preciso que me perscrutes o olhar em cada palavra que te deixo. Preciso que me contemples o coração enquanto o coloco a pulsar nas tuas mãos.
Não sabias que o meu coração está nas tuas mãos? Está. Está e estará sempre. Aconteça o que acontecer, mude o que mudar. Ele bate ao ritmo do sangue que te palpita as veias, bombeia amor em cada respirar teu, alimenta-me do teu suor a vontade de ser sempre tua. É assim que gosto de te fazer amor, de te fazer amado, de te fazer querido, de te fazer desejado. Com o meu coração nas tuas mãos.
Hoje poderia te fazer amor como se fosse a última vez. Deixas-me ter-te assim? Sôfrega, sequiosa, desesperada para te beber num só trago e te arrebatar em mim para sempre.
Queria poder esvair-me de prazer no teu corpo em despedida, dizer-te adeus com o teu sexo dilatado a bloquear-me na boca as palavras. Queria poder acenar-te com o meu peito a pular sobre o teu, naquele gesto que oscila repetido e adivinha a distância. Queria soltar lágrimas de saudade enquanto o teu orgasmo explodisse no meu deleite. Queria te fazer amor como nunca to fizeram, gravar-me em ti tatuada em pele molhada, deixar o odor do meu afecto penetrar os teus poros para a eternidade.
Queria? Não. Quero! Mesmo que seja só por palavras e fortes vontades, aqui e agora faço-te amor como nunca ninguém.
0 comments:
Post a Comment