Friday, October 14, 2011

Amor puído...

O amor pode ser como aquele tecido puído, carcomido, que precisa de um reforço de quando em vez.
Quando o pano que envolve um coração está gasto em demasia precisamos de o passajar com linhas firmes e resistentes, tornando-o mais forte e, se possível, colorido.
O amor puído não é um amor que morre. É um amor que, se cerzido da maneira certa, evolui e se transforma, sem aparentes cicatrizes de emoções envelhecidas. Elas estão lá, mas passaram a fazer parte dos alicerces dos novos sentimentos. São como alinhavos e pespontos que são o cerne do que de maior está para vir.
O amor puído poderá ser um amor polido, onde só as arestas dos corpos de quem ama farão fricção no seu brilho. Esse casear de comoções encaixa os amantes um no outro, tornando-os telas bordadas em bases sólidas e, juntos, imortais.


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