Saturday, December 1, 2007

80...

Saíste.
Comecei a ouvir música... comecei a sentir saudades.
A minha mente começou a viajar... o meu coração a flutuar... o meu corpo a se agitar.
Que música! A batida... a melodia... a letra... o sentimento...
Comecei a imaginar... a nos imaginar.
Encosto-te a uma parede... com a brusquidão necessária que te apanhe de surpresa e te deixe sem reacção.
Sinto-te surpreso... e sorris.
Sinto-te colado... a uma parede que te aprisiona em mim... a um momento que se antevê intenso... teu!
É teu este momento... o prazer nosso... o controlo meu.
Entrelaço as minhas mãos nas tuas e beijo-te na face, bem perto da tua boca. A minha língua, marota, desliza para fora da minha boca, e toca os teus lábios... suavemente... lentamente. Reages e ela, envergonhada, esconde-se. Os meus lábios protegem-na e continuam a beijar-te a face. Toda ela. Demoro num beijo ternurento no teu queixo, enquanto solto as minhas mãos das tuas. Tu não mexes... sabes que não podes.
As minhas mãos começam a percorrer o teu corpo: percorrem em simetria as tuas pernas, em sentido ascendente. Páram. Tocam ao de leve, as duas, no teu sexo... que começa, por baixo das calças, a crescer. Tu tremes. Eu sossego-te com um beijo nos lábios, bem suave... macio. Beijo-te ao ritmo das batidas iniciais desta música que, em loop, toca de novo... para te proporcionar ritmos intermináveis de prazer.
As minhas mãos soltam-se dessa área tão quente e desejada e, cada uma, sobe... desliza... e percorre, por cima da tua camisa nova, o teu peito... sem simetrias... sem destino... sem regras... com vontade de sentir a tua pele, o teu calor, bem mais perto. Começo a beijar-te o pescoço... a lamber, com a minha língua que, atrevida, saiu do refúgio dos meus lábios. As minhas mãos procuram os botões dessa camisa nova e, um a um, desprendem das correntes que os apertam... libertando o teu corpo, lentamente, numa dança suave, que te toca, que te deixa ansioso por mais, que te excita.
A camisa solta... aberta, permite-me observar-te com atenção. Afasto-me e olho para ti. Olho-te nos olhos, tu olhas-me, eu penetro-te com o meu olhar e a minha vontade, tu deixaste penetrar... deixando-te ficar... quieto... às espera de mais toques de prazer.
Sem te tocar desenho no teu corpo parcialmente descoberto o percurso dos movimentos que se seguem... mordo os meus lábios, que húmidos e vermelhos te querem beijar. O meu corpo, separado do teu começa a tremer de tanta vontade de te ter... O teu pulsa, por todo lado, mas estático... não te movimentas. Só uma parte de ti tem vida própria e, por baixo das tuas calças chama por mim. Vejo esses movimentos escondidos e não me controlo! Colo o meu corpo no teu e, sofregamente, beijo-te os mamilos, com tanta intensidade que o teu corpo não aguenta. Começas a ferver, a tremer, a movimentar... as tuas mãos começam a percorrer o meu corpo... as minhas percorrem o teu, entre beijos descontrolados e com fome dos nossos corpos.
Continuo a beijar-te o peito, agora mais devagar... de um modo quase suave. Coloco as minhas mãos nos teus ombros, seguro a tua camisa nova e, num gesto brusco mas previsivel, arranco-ta do corpo, com as minhas duas mãos. Desliza pelos teus braços... cai no chão.
Eu caio também... de joelhos, aos teus pés. Abraço-te as pernas e encosto a minha face ao teu sexo, coberto ainda por roupa. Roupa essa que ambos sabemos que em breve vai sair, mas que neste momento cumpre o seu papel: acalmar os nossos desejos exaltados, quase descontrolados, de nos termos um ao outro. Totalmente. Completamente. Sem regras nem rédeas. Sem pudor... Só desejo, vontade... amor.
Espero que a música termine assim: ajoelhada em ti, abraçada, a segurar-te com força entre os meus braços. Tu acaricias o meu cabelo e puxas a minha cabeça para ti, para me colar ainda mais ao teu sexo. Ambos imaginamos como seria... se não houvesse mais barreiras neste momento.
Perco-me nesta viagem e, no momento que a música reinicia, afasto a minha face de ti, as minhas mãos que te abraçavam aproximam-se do meu desejo e, lentamente, desaperto as tuas calças... muito devagar. Percebo que não tens roupa interior: o teu sexo duro, enrijecido por tantas carícias, a latejar de desejo, salta e toca-me na cara. Toca-me os lábios, num movimento sem controlo.
Eu descontrolo-me também. Todo o meu corpo pede o teu agora. E, como se de um chupa-chupa grande e doce se tratasse, meto o teu sexo na minha boca e lambo-o. Chupo-o para dentro de mim... sugo-o com força, num desejo incontrolável de te ter fundo em mim.
Sem te tirar da boca, sem parar de te beijar, as minhas mãos descalçam-te e despem o resto das roupas que aprisonam o teu corpo. Sinto-te por fim livre para mim, para me amares... para eu te ter.
Tentas, nu, movimentar-te, mudar a posição em que enlouqueces. Eu contigo na boca, num olhar que sobe para o teu, digo-te que não! Não o permito. Vais ser assim meu... enquanto me apetecer, enquanto esse chupa-chupa, objecto de tanto prazer, desejar a minha boca. E como eu o desejo!
Coloco as minhas mãos nas tuas nádegas, cravo nelas as minhas unhas e puxo-te para mim. Com força. Com muito desejo. E num sufoco de prazer levo-te longe na minha boca, coloco-te todo dentro de mim, em carícias profundas e húmidas. Muito húmidas.
Pelos meus lábios escorre um rio que me molha, que nos lubrifica... um rio de fluídos de prazer onde ambos mergulhamos. Fundo. As minhas mãos procuram esse rio para se excitar e melhor te tocar. Afastam o teu sexo do fundo da minha boca, permitindo que só a língua, descontrolada em desejo, te toque agora. As minhas mãos deslizam em ti, em movimentos de vai-e-vem. Ora calmos, meigos... ora bruscos e desesperados por ti. Sempre excitados. Sempre a querer mais e mais em cada toque.
Tu começas a ficar descontrolado... e eu deixo que esse descontrolo se apodere de ti. Seguras-me na cabeça... e, só com o olhar, aquele teu olhar que me desmancha, que me faz chorar... ordenas que me levante. Eu obedeço de imediato, hipnotizada por ti.
Sinto-me protegida pelas roupas que ainda me prendem, desprotegida por te sentir assim em mim.
Tu sorris... beijas-me devagar a face, os lábios... mergulhas a tua língua em mim, para sentir o teu sabor que ainda me percorre. Esse sabor doce, que tempera ainda mais o nosso querer, o nosso desejo.
Eu solto-me... dirijo-me ao teu ouvido... lambo a tua orelha... arrepio-te... envolvo-te em novas sensações e desejos... e digo: AMO-TE! Possui-me.. sou tua!

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