Thursday, November 15, 2007

Fogo que arde...

Esperei por ti...
Ali...
Deitada...
Aparentemente adormecida...
Aparentemente prostrada...
Tu chegaste pé ante pé, com suavidade, depois do longo e extenuante caminho percorrido para me alcançares.
Não é fácil derrubar gigantes!
Lutaste, afastaste as incómodas areias deste percurso, saltaste em triplos mortais esses monstros graníticos e chegaste até mim.
E admiro-te por isso... admiro-te muito!

Sinto-te aproximar, sinto a abrasão do teu calor na minha pele mesmo sem me tocares, sinto o teu desejo crescente a me cercar, em destaque perante mim.
Encostas-te a mim... o teu peito nas minhas costas... o teu sexo nas minhas nádegas... pernas com pernas... os dois bem colados, num encaixe perfeito. Ficamos assim, abraçados, largos segundos, alguns minutos, embalados pela excitada respiração conjunta, que nos faz movimentar numa suave sincronia.
Olho para o mar que, na nossa frente, se agita, se ondula, beijando a terra que o recebe...
Sinto o teu corpo a ondular também, sinto as mãos que deixam o abraço e me percorrem o corpo... Sinto os teus beijos na minha nuca, nos meus ombros... Sinto os teus dedos que se entrelaçam no meu longo cabelo, e que firmemente me agarram e puxam para ti...
O meu corpo que se curva para melhor se encaixar no teu...
Sinto-te!
É como se neste momento tivesse uma venda nos olhos, não te vejo, mas sinto-te tanto...
O calor cresce...
Acendemos uma fogueira de desejo ali, virada para o mar.
A humidade dos nossos corpos vem aumentar a chama ateada...
Os fluxos que de nós começam a escorrer, afluentes deste rio de desejo que a este mar de amor se quer juntar, são combustível neste fogo!
Temos fome do corpo um do outro... a longa ausência assim dita.

As tuas mãos descem em mim e, firmemente, seguram as minhas ancas, puxam o meu fogo para o teu.
Estreabro as minhas pernas, num convite mal dissimulado e deixo-te perceber o quanto te quero.
As tuas mãos continuam inquietas e os teus dedos, atrevidos, procuram o meu sexo. Não surpreendidos, encontram nele um rio de excitação, a lubrificação natural que espera por ti...
Não resistes, eu descontrolo-me, tu seguras firmente o teu sexo e fazes pontaria para o meu. Eu inclino o meu corpo para te receber, tu sentes o meu néctar a tocar o teu membro erecto, eu peço mais, tu dás-me tudo! Todo! Metes todo!
Eu gemo...
Grito...
Olho o mar... sinto-me a inundar de calor, de prazer, de vontade de te ter mais e mais e mais.
Sinto o teu descontrole, o teu sexo a preencher-me em arremetidas fantásticas, a queimar-me por dentro em loucura.
Estou descontrolada ao ponto de sorrir e chorar ao mesmo tempo, num misto de prazer e dor, de quente suavidade e ardência...
Tu gemes...
Gritas...
Fico desesperada para que me inundes, sinto o meu corpo a tremer, os músculos a contrair, aperto o teu sexo com o meu e engulo-o mais fundo!
No momento em que o meu útero se abre, se expõe a ti, o teu corpo reage e explode em disparos de prazer. Sintonia perfeita!!! Venho-me em ti, tu em mim, num exponenciar e desfalecer de sentidos desgovernados.
Apertas o teu corpo contra o meu, puxas-me com força, empurras-me para o teu ser... não queres sair de mim, não quero sair de ti.
Caímos exaustos, colados, nas cinzas da nossa própria fogueira, que não queima mas ainda arde...
Envoltos nas vagas espaçadas deste mar de amor, ali ficamos... num desejo temporariamente adormecido, acordados finalmente para nós.

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