Sunday, November 18, 2007

Flutuo...

Ruído...
Barulho...
Interferências!
Estou à tona, fico à toa...
Flutuo por entre directrizes da vida, por entre dizeres e diz-que-disses... por entre conversas e opinares... por entre falares e gritares... por entre quem acredita que, só porque quer, tudo manda.
Ouço a minha própria voz, perdida entre muitas. Procuro que esta se destaque nas conversas que tenho de mim para mim mesma. Sinto-a abafada, disfarçada, desvalorizada neste mundo à superfície, pleno de superficialidades.
Canso-me deste flutuar a respirar...


Mergulho e permito-me fazê-lo numa apneia de sentidos e sentimentos... numa apneia de outros... numa ausência de ruído.
Sou emissora e receptora destes diálogos que teço, disfarçados em monólogos de alma, finalmente consciente de um comunicar sem precalços, de um poder falar e ser ouvida.
Posso até fazê-lo baixinho, num sussurrar de sentidos, que me consigo ouvir, ver, cheirar, saborear, sentir!
Flutuo imersa nos meus pensamentos, nos meus quereres, nos meus desejos.
Permito-me ser eu, na minha essência, mergulhada no meu ser, sem me diluir com o que e com quem não interessa.
Flutuo numa paz de mim... sem contudo estar em guerra com outros mundos.
Mundos onde viajo, onde gosto de emergir, sabendo que para este conforto poderei sempre voltar. Num retorno às origens, aos primórdios do que sou... num flutuar no meu mais profundo eu.
Flutuo...

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